Friday, November 03, 2006

Da imagem de Deus ao ser em Cristo

Folheando as belas e divinas páginas da Sagrada Escritura, encontramos em Gn 1, 26 uma frase que certamente desperta a nossa atenção: "Depois, Deus disse: Façamos o ser humano à nossa imagem, à nossa semelhança..." Não nos vamos fixar no famoso "Façamos", plural majestático, que muitos exegetas identificam como sendo a Trindade, mas sim nas palavras "imagem" e "semelhança". O homem é criado à imagem e semelhança de Deus. É a partir destas palavras da Sagrada Escritura que a fé cristã concebe o homem como imagem de Deus, fazendo deste conceito o elemento central da sua antropologia. Porém, este conceito encerra em si um dinamismo, e nunca pode ser entendido de uma forma estática. O homem, de acordo com a Sagrada Escritura, é imagem de Deus segundo uma sequência cujas fases são:
imagem formada: doutrina da criação;
imagem deformada: doutrina do pecado;
imagem reformada: doutrina da justificação e da graça;
imagem consumada: escatologia.
Seja qual for a posição do homem face a Deus, para Ele, o homem é sempre imagem Sua. Esta é a base que sustenta toda a relação do homem com Deus. Com isto, o homem é um ser aberto ao transcendente que fundamenta a sua pessoalidade e sociabilidade, fá-lo ter consciência da sua superioridade em relação aos outros seres mundanos e que representa o seu fim último. Com Cristo, revela-se o desígnio misterioso de Deus: a imagem de Deus existe para participar do próprio ser de Deus. Ou seja, a vocação do homem é a sua divinização, o seu ser em Cristo. Porém, esta participação na vida divina é inalcançável pelo homem dada a sua finitude. Por si só, o homem não atinge o seu objectivo último para o qual foi criado (ser em Cristo). Só Deus, com a Sua comunicação amorosa e gratuita, pode ajudar o homem a superar a sua finitude realizando, deste modo, a sua última vocação.

Beleza da Teologia

Oi pessoal... a partir de agora, vou partilhar convosco alguns dos meus apontamentos que faço para o meu estudo pessoal. Espero que estas breves sinteses possam mostrar a beleza da teologia. Grande abraço!